O
evento teve início com uma breve apresentação dos “Diálogos sobre Gestão de Pessoas”
que integra o Programa de
Aperfeiçoamento de Pessoal em Gestão de Pessoas e Recursos Humanos – PAP-RH,
promovido pela Unidade Central de Recursos Humanos, da Secretaria de Gestão
Pública. Os diálogos são compostos por encontros bimensais que, em seu
conjunto, têm como objetivo discutir como o RH pode contribuir com a melhoria da
prestação dos serviços públicos para a sociedade.
O
diálogo do dia 25/07/2012 contou com a presença do Sr. Wagner Brunini, presidente
da ABRH-SP e Vice-Presidente em Recursos Humanos para a América Latina da BASF.
Participaram da conversação a Sra. Ivani Maria Bassotti, Coordenadora da
Unidade Central de Recursos Humanos, o Sr. Fernando Padula, Chefe de Gabinete
da Secretaria da Educação e o Sr. Thiago Santos, Diretor na Unidade Central de
Recursos Humanos.
A
Sra. Ivani Maria Bassotti iniciou o diálogo fazendo um breve relato de como é
estruturado o RH do Governo do Estado, apontando as principais dificuldades e desafios
no que concerne às ações para melhoria dos recursos humanos no Estado. Em
seguida, o Sr. Wagner Brunini faz uma apresentação sobre Gestão de Pessoas e de
Competências.
O
foco da fala de Brunini foi na tríade da gestão de pessoas: atrair, desenvolver
e engajar. Partindo da atração discute a equação X - Y = Z, onde X corresponde
à descrição do cargo a ser preenchido na organização; Y representa o perfil "ideal" do candidato a preencher o cargo
e Z representa as competências, o conjunto
de conhecimentos, habilidades e atitudes. A partir da análise de “z” podemos
perceber os GAPs existentes entre “x” e “y” e pensar em quais ações são
necessárias para tornar “x” = “y”.
O
papel central do profissional de RH é conhecer muito bem as características do
cargo "X", de modo a ter as melhores ferramentas para ATRAIR, DESENVOLVER E ENGAJAR o
profissional mais adequado a este cargo. Uma vez contratado, deve-se atentar
para o "CHA" (conhecimentos, habilidades e atitudes), buscando
harmonizar cada vez mais o profissional ao cargo que ele ocupa, sempre tendo em
vista seu contínuo aperfeiçoamento e suas possibilidades de ascenção
profissional.
Desenvolvendo
este trinômio, "competências" são os diversos conhecimentos, a bagagem
intelectual, o conjunto de saberes da pessoa; "habilidades" referem-se
ao saber fazer ("know-how"), à capacidade de realizar diversos tipos
de tarefas, e "atitudes" dizem respeito às relações interpessoais, às
diversas formas de interação entre as pessoas.
Brunini
também discorreu sobre a importância de os profissionais de RH realizarem um
trabalho conjunto e sinérgico com os gestores diretos de pessoas, com os
diversos níveis de liderança, pois estes são quem melhores condições têm de
conhecer seus liderados, e portanto, de detectar os aspectos que necessitam de
algum tipo de intervenção do setor de RH, como cursos de capacitação,
treinamentos, recolocações, incentivos, motivações, etc.
Para
atingir um patamar de excelência neste relacionamento com os gestores diretos,
é fundamental que o profissional de RH conheça (ainda que não em profundidade)
a área de atuação destas pessoas, e consiga estabelecer com elas uma relação de
confiança, além de realizar um trabalho de esclarecimento e convencimento sobre
o papel do RH - e principalmente sobre a responsabilidade primordial destes
gestores no que se refere exatamente à gestão de pessoas.
É
importante que estas lideranças não sigam acreditando que cabe apenas ao setor
de RH cuidar de pessoas, mas entendam que seu verdadeiro papel é ser um
catalisador, um facilitador destes cuidados, beneficiado por um saber próprio e
por uma visão mais holística dos recursos humanos da empresa/órgão/entidade.
Wagner
Brunini também destacou o momento extraordinário que vive o setor de RH neste
momento histórico, em que cada vez mais reconhece-se que o grande diferencial
de qualquer organização é seu capital humano, e em que a crescente participação
da chamada "Geração Y" no mercado de trabalho vem obrigando as
organizações a aprender a lidar com estes jovens profissionais. Citou como exemplo
a empresa em que trabalha, a Basf.
Iniciado
o diálogo com o público, restou que a grande dificuldade e portanto o grande
desafio é como incorporar as boas práticas de RH do mercado à realidade mais
rígida da Administração Pública. O palestrante reconheceu as dificuldades, mas
destacou não existirem receitas de sucesso nem modelos prontos a serem
copiados. O profissional de RH e os gestores jamais podem renunciar à missão de
engajar as pessoas nas organizações.
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